Com pouco mais de um ano de casa, Dimitri Payet parece cada dia mais identificado com os valores cruzmaltinos
Ainda lembro do momento que começou o burburinho da possível chegada de um francês no elenco do Vasco. Para muitos torcedores vascaínos, Dimitri Payet era um nome desconhecido.
Mas eu já o conhecia, e muito bem. Seu estilo de jogo driblador, as suas assistências e principalmente os seus gols antológicos, o fizeram um dos maiores camisas 10 que já pisaram em solo europeu.
Quando seu nome foi ventilado no Vasco, eu não acreditava em hipótese alguma que um jogador desse quilate pisaria em São Januário.
Esse pensamento, fruto de um torcedor vascaíno que teve o ego maltratado por muito tempo, principalmente naquele momento em questão, a janela do meio do ano de 2023, em que mais uma vez estávamos lutando contra o rebaixamento.
E sim meus amigos, aconteceu, o francês realmente veio. E não só veio, como trouxe consigo, um ar de esperança gigantesco para imensa torcida cruzmaltina. A remontada vascaína aconteceu e eu posso dizer com autoridade, Payet foi um dos pilares.
Com suas assistências magistrais, ajudou a dominar o meio de campo como poucos.
Acredito que o dia 12 de novembro de 2023 ficou marcado no mental do torcedor vascaíno de todas as idades, em uma partida contra o América, em um jogo complicadíssimo, o Vasco precisava muito pontuar.
Aos 94 minutos, em uma cobrança de falta, o francês fez o que somente ele, naquele momento, era capaz de fazer, guardou.
A comemoração do golaço? Correu para torcida apontando para o patch em sua camisa do maior ídolo da nação cruzmaltina, Roberto Dinamite, outro exímio cobrador de falta. Parece até que foi um roteiro projetado pelos deuses do futebol.
Em um futuro próximo, aquele torcedor jamais acreditaria o que viveria dali para frente. A permanência na Série A, uma semifinal de Copa do Brasil e um campeonato tranquilo em 2024, tranquilidade que o torcedor vascaíno não tinha a anos.
A relação de Dimitri Payet com a torcida é algo espetacular. O idioma, o temperamento europeu, a cultura, nada foi impeditivo na construção desse forte elo. Ele entendeu, desde o princípio, o que é ser Vasco e o peso que essa camisa carrega. E como ele mesmo diz, São Januário é sua casa.
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