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Vasco volta ao mata-mata da Sul-Americana após cinco anos

Relembre o desempenho do clube em suas últimas participações nos torneios da Conmebol 


Elenco do Vasco em partida válida pela fase de grupos da Sul-Americana (Matheus Lima/Vasco) 
Elenco do Vasco em partida válida pela fase de grupos da Sul-Americana (Matheus Lima/Vasco) 

Na noite desta terça-feira (15), o Vasco volta a atuar pela Copa Sul-Americana. A equipe enfrenta o time equatoriano Independiente Del Valle, às 21h30, no Estádio Olímpico Atahualpa, pela partida de ida do playoff da competição.


Na fase de grupos, o Gigante da Colina avançou em segundo lugar no Grupo G com 8 pontos, com duas vitórias, dois empates e duas derrotas, atrás do Lanús, que terminou com 12. O clube volta a disputar um mata-mata em competições da Conmebol após cinco anos, relembre as participações neste século:


2003 - Primeira Fase: 

Vasco 1x1 Grêmio 

Vasco 1x2 São Paulo 


2006 - Segunda Fase:

Ida: Vasco 0x1 Corinthians

Volta: Vasco 1x3 Corinthians 


2007:

Primeira Fase:

Ida: Athletico-PR 2x4 Vasco

Volta: Vasco 2x0 Athletico-PR 


Oitavas de Final:

Ida: Lanús (ARG) 2x0 Vasco

Volta: Vasco 3x0 Lanús (ARG)


Quartas de Final:

Ida: América do México 2x0 Vasco

Volta: Vasco 1x0 América do México 


2008 - Segunda Fase:

Ida: Vasco 3x1 Palmeiras 

Volta: Vasco 0x3 Palmeiras 


2011

Oitavas de Final:

Ida: Aurora (BOL) 3x1 Vasco

Volta: Vasco 8x3 Aurora (BOL)


Quartas de Final

Ida: Universitário (PER) 2x0 Vasco

Volta: Vasco 5x2 Universitário (PER)


Semifinal:

Ida: Vasco 1x1 Universidad de Chile (CHI)

Volta: Universidad de Chile (CHI) 2x0 Vasco


2018 - Segunda Fase:

Ida: LDU (EQU) 3x1 Vasco

Volta: Vasco 1x0 LDU (EQU)


2020

Primeira Fase:

Ida: Vasco 1x0 Oriente Petrolero (BOL)

Volta: Oriente Petrolero (BOL) 0x0 Vasco


Segunda Fase

Ida: Vasco 1x0 Caracas (VEN)

Volta: Caracas (VEN) 0x0 Vasco 


Oitavas de Final

Ida: Defensa Y Justicia (ARG) 1x1 Vasco

Volta: Vasco 0x1 Defensa Y Justicia (ARG)



Ribamar foi o destaque negativo do Vasco em seu último mata-mata na Sula (Jorge Rodrigues/AGIF)
Ribamar foi o destaque negativo do Vasco em seu último mata-mata na Sula (Jorge Rodrigues/AGIF)

Eliminação em 2020: a última participação


A última participação do Vasco em mata-mata foi justamente na Sul-Americana, em 2020, quando caiu nas oitavas de final para o Defensa y Justicia, campeão daquela edição. Após empatar 1 a 1 fora de casa, perdeu por 1 a 0 em São Januário, em partida marcada por falha do goleiro Lucão e chances perdidas por Ribamar, que substituiu Germán Cano, afastado por covid-19. 


O adversário tinha jogadores como Enzo Fernández, futuro campeão mundial com a Argentina, e era comandado por Hernán Crespo, que no ano seguinte treinaria o São Paulo.



Vasco vence apenas por 1 a 0 e é eliminado pela LDU (Jorge R Jorge/BP Filmes)
Vasco vence apenas por 1 a 0 e é eliminado pela LDU (Jorge R Jorge/BP Filmes)

Participação relâmpago em 2018


Em 2018, o Vasco disputou a Sul-Americana após ser eliminado na fase de grupos da Libertadores. No entanto, sua trajetória foi curta. O time, então treinado por Jorginho, foi eliminado logo na segunda fase pela LDU, do Equador. 


Após perder por 3 a 1 em Quito, o Cruzmaltino precisava tirar dois gols de diferença no Rio de Janeiro, mas venceu somente por 1 a 0, se despedindo da competição.



Dedé foi destaque em virada histórica contra o Universitário, do Peru, em 2011 (Marcelo Sadio/vasco.com.br)
Dedé foi destaque em virada histórica contra o Universitário, do Peru, em 2011 (Marcelo Sadio/vasco.com.br)

O "quase" em 2011


O ano de 2011 foi marcante para o Vasco, que conquistou a Copa do Brasil e teve uma campanha memorável na Sul-Americana. Destaque para a goleada de 8 a 3 sobre o Aurora e a classificação dramática contra o Universitário do Peru nas quartas de final.


Após perder por 2 a 0 no jogo de ida, o Vasco venceu por 5 a 2 em São Januário, com dois gols e uma assistência do zagueiro Dedé, revertendo o placar agregado. O sonho do tetra continental, porém, acabou na semifinal, quando foi eliminado pela Universidad de Chile, futura campeã do torneio.



Defesa de Cássio em lance histórico contra o Diego Souza, na Libertadores de 2012 (Ari Ferreira/Lance)
Defesa de Cássio em lance histórico contra o Diego Souza, na Libertadores de 2012 (Ari Ferreira/Lance)

Libertadores 2012


Atual campeão da Copa do Brasil na época, o Vasco retornava à principal competição do continente após 11 anos de ausência. O Gigante da Colina esteve no Grupo 5 e avançou para o mata-mata em segundo lugar com quatro vitórias, um empate e uma derrota, somando 13 pontos.


1. Classificação Sofrida


Nas oitavas de final, um confronto repetido: Vasco e Lanús se reencontraram na mesma fase em que se enfrentaram em 2007, pela Sul-Americana. Na partida de ida, no Brasil, o Cruzmaltino fez valer a força de São Januário e venceu por 2 a 1.


Na volta, o time argentino reverteu o placar e levou a decisão para os pênaltis. Resultado? Novamente a equipe brasileira avançou. Com 100% de aproveitamento nas cobranças e o último pênalti sendo convertido pelo artilheiro Alessandro, o Vasco venceu por 5 a 4 e garantiu a vaga nas quartas de final.


2. Feridas Abertas


Nas quartas, um clássico nacional. Uma das grandes rivalidades da história, com final de Mundial de Clubes, semifinal de Copa do Brasil e disputa por título do Campeonato Brasileiro, Vasco e Corinthians se encontraram pela primeira vez na maior competição continental da América do Sul. 


O jogo de ida, em São Januário, terminou 0 a 0, mas com polêmica: Alecsandro teve um gol mal anulado — Emerson Sheik dava condição na linha de fundo. Sem VAR, ficou por isso mesmo.


Na volta, um lance que até hoje martela a cabeça do vascaíno. Diego Souza roubou a bola e disparou do meio-campo, livre. O estádio parou. O tempo congelou. Todos os olhos no camisa 10, no camisa 1 e no gol do Pacaembu. Silêncio ensurdecedor. Ele escolheu o canto, bateu, e Cássio, com a ponta dos dedos, operou um milagre. Um toque sutil, mas devastador.


O Vasco ainda resistia. Mas aos 41, Paulinho subiu sozinho e marcou. Fim do sonho. Um fim cruel, com feridas abertas até hoje.



Romário comemora com Juninho Paulista o gol da “Virada do Século”, no Palestra Itália (Reprodução/Internet)
Romário comemora com Juninho Paulista o gol da “Virada do Século”, no Palestra Itália (Reprodução/Internet)

Em busca do tetra


Primeiro campeão continental do mundo em 1948, o Vasco agora está em busca do tetra. Cinquenta anos após o título inaugural, o segundo: a Libertadores da América de 1998. Eliminou colossos como Grêmio, Cruzeiro e River Plate, derrotando o Barcelona de Guayaquil na decisão. Dois anos depois, em 2000, uma das maiores viradas da história do esporte. 


À época a segunda competição mais importante, atrás apenas da Libertadores, o Vasco conquistou a Mercosul de uma maneira única. Em uma decisão de três partidas contra o Palmeiras, o Cruzmaltino venceu a primeira e foi derrotado na segunda, obrigando o título a ser decidido em uma terceiro e derradeiro jogo em São Paulo, no estádio do Verdão. 


Uma primeira etapa para esquecer, 3 a 0 para o time da casa. O Vasco em frangalhos, ninguém acreditava e nem imaginava o que estava por vir. No segundo tempo, sob comando de Romário, o Gigante da Colina teve um enredo digno de cinema. Nos primeiros 23 minutos, o baixinho botou a bola debaixo do braço, chamou a responsabilidade e converteu dois pênaltis, botando o Vasco no jogo, 3 a 2. 


A torcida, antes desacreditada, começou a sonhar. Porém, nove minutos depois, novamente uma frustração: Júnior Baiano foi expulso e o Palmeiras voltou a ter o jogo na mão. Mesmo com um a menos, o Cruzmaltino fez história. Com gols de Juninho Paulista aos 41’ e de novo o baixinho Romário, chegando ao seu terceiro na partida, aos 48', o Vasco fez o que parecia ser impossível: saiu de 3 a 0 na casa do adversário para um 4 a 3 com 10 homens guerreiros em campo. 


Nove anos depois, a partida se tornou a primeira da história do Vasco a virar livro. A obra se chama "A Virada do Século" e foi escrita pelo jornalista vascaíno Camilo Sepúlveda.


Agora, o Vasco busca voltar aos tempos de glória e novamente conquistar a América, pela quarta vez.



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